quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Crônicas do Mundo 2

~ Aventuras no Fundo do Mar ~

E. e A. estavam numa parte muito especial daquele jardim. Havia uma grande piscina que tinha uma parte rasa e outra funda. Aquele lugar parecia até um parque aquático. Nossos heróis estavam na parte rasa quando, de repente, sai de dentro da água uma bela garota de olhos azuis. Disse que seu nome era Sirene, a Princesa Sereia. Contou que na parte mais funda daquela piscina havia um túnel que levava ao reino de Netuno, o rei dos mares, onde haveria uma festa e disse ainda que E. e A. eram convidados de honra.

A sereia deu aos nossos heróis dois comprimidos azuis. Eram comprimidos de oxigênio, e tomando um destes não precisariam respirar por uma hora. Agora de pulmões cheios, mergulharam fundo. No oitavo metro debaixo da água, encontraram um pequeno túnel por onde passava apenas um de cada vez.

O túnel acabou no mar. Era um espaço infinito e escuro, repleto de cardumes de peixinhos coloridos, golfinhos, baleias, medusas, arraias e todo o tipo de bichos do mar. Nadaram até encontrar as ruínas aquáticas do reino de Netuno. Eram varias construções ao estilo grego, sustentadas por colunas de marfim cobertas por musgo e cercadas por belos recifes de coral. Assim que chegaram ao palácio, foram anunciados ao rei, um velho gigantesco com seu tridente e um sorriso bonachão. O rei, então, mandou a princesa conduzir os convidados até o salão de festas onde haveria o banquete.

Havia todo o tipo de frutos do mar. Tudo parecia muito apetitoso. E. resolveu perguntar qual era o motivo da festa. Netuno respondeu “Mas que motivo haveria, pequeno terráqueo, que não teu casamento com minha adorável filha?”.

Sirene era uma bela sereia, mas E. explicou que aquilo seria impossível, pois já havia prometido seu primeiro beijo à A. no dia dos namorados. Nossos heróis não podiam imaginar o quanto a princesa dos mares era ciumenta. Sirene bateu seu pequeno sino dourado e um gigantesco polvo entrou pela porta principal. A sereia disse a seu servo marítimo, apontando para A.:

- Leve esta garota daqui. Prenda-a na masmorra até que morra afogada. Não tolero concorrência. Sou a princesa do mar e tudo que está no mar é meu. Só meu.

Foi fácil para o polvo, com seus oito tentáculos, imobilizar a pobre A. e levá-la para a masmorra do palácio. E. tentou fugir, mas era inútil. Pode sair do palácio, mas o mar era escuro e gigantesco e jamais lembraria o caminho de volta até o túnel. Nadou ao léu até acabar o efeito do comprimido de oxigênio. Desesperado, tentou nadar até a superfície, mas era impossível. A superfície estava a tantos metros acima que não era possível nem mesmo ver a luz do sol. E. nadou e se debateu até que perdesse as forças. Aquele era seu fim.

E. forçou seu retorno. Era a primeira vez que o Mundo 2 mostrava suas garras ao nosso herói.

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